A vida para ela sempre foi uma grande aventura. Desde menina, adorava montanha-russa e outros brinquedos radicais. Quanto mais alto, mais rápido e com mais loopings, melhor. Ela foi crescendo e esse gosto pelo frio na barriga também.
Entrar em um avião? Só se fosse para saltar de paraquedas. Literalmente ou não. E ela saltou muitas vezes. Algumas com direito à queda-livre de verdade. Outras com aterrissagem em países nunca antes visitados, novas línguas, novas culturas e novos mundos a desbravar.
Não é que ela não sinta medo. Ela sente, mas vai mesmo assim. Dizem que essa é a definição de coragem e ela sempre se sentiu muito corajosa. Sabe, realmente precisa ter muita coragem para saltar de um avião a não sei quantos metros de altura…
Mas, de salto em salto, ela percebeu que o frio na barriga de uma queda livre nem se compara ao de olhar alguém nos olhos e dizer “eu te amo” sem saber o que vai ouvir de volta.
Aprendeu que radical mesmo é falar o que sente, assumir suas fraquezas e pedir ajuda. Coragem de fato é se arriscar a fazer o que o coração pede, sem nenhuma garantia do resultado. É se entregar por inteiro à aventura vida!
E tem frio na barriga mais incrível que esse?